O objetivo
deste trabalho é apresentar uma reflexão sobre o papel do feedback no processo
de aprendizagem online e quais cuidados,
desafios e possibilidades devemos considerar.
O
feedback é o retorno preciso que qualquer cursista a distância necessita para
seguir em frente na sua caminhada pela apropriação do conhecimento.
Temos
debatido nos nossos espaços de interação que a administração do tempo, tanto
pelo cursista quanto pelo tutor, é um dos grandes desafios da EAD. A eficácia
do feedback está diretamente relacionada ao tempo. Quando o cursista posta uma
tarefa fica ansioso pela resposta – isso é o que tem mostrado a nossa
experiência como tutor e como cursista. Enquanto ele não recebe uma resposta,
seja positiva ou negativa, o seu prosseguimento fica, de certa forma,
prejudicado. E se essa resposta demorar muito, o aluno pode ficar
desestimulado. Essa situação de atraso do feedback pode gerar vários problemas,
que vão desde a perda da oportunidade da
correção e postagem do feedback, até a desmotivação total do cursista para
prosseguir à próxima etapa.
Os
relatos de alunos no vídeo
postado na plataforma do Curso de Tutores nível 2, esta semana, ratificam essas considerações.
Outro
detalhe importantíssimo diz respeito à qualidade do feedback. Se ele for escrito,
há que se ter o cuidado de escrever numa linguagem culta e de acordo com as
normas gramaticais vigentes, evitando-se erros que possam apontar uma falta de
cuidado do tutor com o que escreve. A mensagem deve ser clara, precisa,
concisa, cordial e educada. Não pode haver dúvidas, por parte do cursista,
sobre o teor da mensagem que se quer transmitir. O que os autores do texto A comunicação e a Interação do Tutor chamam
de “ambiguidades da linguagem”.
Quando
o feedback for em forma de áudio, deve-se buscar o máximo de qualidade e
clareza na fala, além de polidez no trato com o cursista. Até para chamar a
atenção sobre algum detalhe que queiramos corrigir, devemos ser cordiais e
educados.
Devemos,
ainda, buscar outras formas de interagir com os cursistas. Ferramentas como o haghout
do Google+ e skipe, se bem explorados podem fazer essa aproximação tutor-aluno
e diminuir o espaço geográfico, que é uma deficiência do ensino a distância.
O
grande desafio fica por conta da nossa capacidade de: administrar o tempo; não
permitir que o aluno se sinta isolado, por meio de um diálogo constante;
dominar as ferramentas que são colocadas à nossa disposição, para facilitar
interação com os alunos; e desenvoltura dentro do ambiente virtual.
Devemos ter consciência de que somos o reflexo
da Proposta Pedagógica que norteia as nossas práticas.
Referências Bibliográficas
MILL, Daniel et. al
- O desafio de uma interação de qualidade na educação
a distância: o tutor e sua importância nesse processo - Cadernos da Pedagogia Ano 02 Volume 02 Número 04
agosto/dezembro 2008;